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Conheça escritoras que lutam pelos direitos das empregadas domésticas

Por: 26/04/2023 - 17:43 - Atualizado em: 27/04/2023 - 08:00

Você sabia que o Brasil tem 7,2 milhões de empregados domésticos? Desses, 6,7 milhões são mulheres e 504 mil homens, e esse quantitativo torna o país com maior população de trabalhadores domésticos do mundo, segundo estudo feito em 117 países e divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2010.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres representam mais de 92% das pessoas ocupadas em trabalho doméstico. Desse percentual, mais de 65% são mulheres negras e uma grande porcentagem trabalha informalmente. No dia 27 é comemorado o Dia da Empregada Doméstica, mesma data em que se celebra o Dia de Santa Zita, considerada padroeira das domésticas.

A realidade dessas pessoas é algo que pode não estar às vistas da sociedade sem que haja uma marginalização desses trabalhadores. Por isso, e para marcar a data, listamos escritoras que falam sobre a profissão do ponto de vista de mulheres que vivenciaram, direta ou indiretamente, a profissão. Confira! 

(Foto: Reprodução/Instagram)

 

Verônica Oliveira

“Faxinava casas, hoje faxino ideias”. Com essa apresentação, Verônica Oliveira, 40 anos, resume de forma simples a sua longa trajetória desde quando trabalhava como faxineira até os dias de hoje, em que atua como palestrante. Baiana, porém residente em São Paulo, a também escritora do livro “Minha vida passada a limpo: Eu não terminei como faxineira, eu comecei” (Ed. Latitude) é conhecida no país pela página “Faxina Boa”. Através da rede, Verônica produz conteúdos para pessoas que atuam na área como domésticas, trazendo dicas de faxina, maternidade e finanças. 

 

(Foto: Reprodução/Instagram)

 

Preta Rara

Joyce da Silva Fernandes, 38 anos, mais conhecida pelo nome artístico Preta-Rara, é uma rapper, professora, historiadora, feminista e ativista brasileira. Se destacou ao criar a página de Facebook “Eu, empregada doméstica”, na qual partilhava relatos de abuso, em 2016. Sua luta contra a subalternização das empregadas domésticas, com foco na sua posição racializada, a fez ficar conhecida por todo o Brasil. Seu trabalho também resultou no livro “Eu, empregada doméstica: a senzala moderna é o quartinho da empregada”, que também tem página no Instagram. Tanto nesta rede, como no perfil da artista, os assuntos em torno da valorização desses profissionais e direitos trabalhistas são pautados. 

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