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domingo, 11 de novembro de 2007

Após bom desempenho na avaliação da Capes, Universidade faz planos para o doutorado em Odontologia

O Portal-UnG foi a campo descobrir os critérios que levaram o mestrado em Odonto a conquistar a nota 4 em sua primeira avaliação

Portal UnG (12/11/2007) – A Avaliação Trienal dos programas de pós-graduação stricto sensu de todo o País realizada pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e cujos resultados foram divulgados no último mês, mostrou que o mestrado em Odontologia da Universidade Guarulhos (UnG) vai muito bem, obrigado. Lançado em 2003 e recomendado com nota 3 pela mesma entidade, o curso acaba de subir um degrau na exigente avaliação e conquistar uma nota 4, num ranking que varia de 1 a 5 - no caso de programas que têm apenas mestrado. “Esse conceito nos deixou extremamente satisfeitos, uma vez que não é tão comum os cursos elevarem sua nota já na primeira avaliação. Isso mostra que estamos no caminho certo”, afirma a coordenadora do mestrado em Odonto da UnG, profa. dra. Magda Feres.  

Apesar de significativa, a evolução não é o único motivo de satisfação dentro da Universidade. De acordo com Feres, junto com a nota, o mestrado recebeu uma carta da Capes sem nenhuma recomendação de mudanças. “Ao contrário, sinalizaram que devemos continuar nossas ações nesse mesmo ritmo”, salientou.

Mas, afinal, quais os critérios que levaram a UnG a essa conquista? Assim como nas demais edições da avaliação (essa foi a 15.ª), a Capes analisou uma série de dados para a atribuição de notas. Matrículas efetivadas, produção científica, publicações de trabalhos (nacionais e internacionais), infra-estrutura e consolidação e capacitação dos docentes foram alguns. No período que compreendeu o levantamento (de 2004 a 2006), o mestrado em Odontologia da UnG apresentou excelentes resultados, levando em consideração seu tempo de atividade.

Em pouco mais de quatro anos, cerca de 40 mestrandos passaram pela Instituição em uma das duas áreas de concentração do curso: dentística e periodontia. Isso significa três turmas já formadas e 17 teses defendidas, além dos trabalhos de Iniciação Científica (IC). Hoje, são cinco linhas de pesquisa e, entre teses, IC e projetos de professores, são mais de 20 pesquisas em andamento. “A investigação científica é um dos pontos mais fortes do curso”, expõe Magda. E as estatísticas traduzem isso. 

Dos 81 programas de pós-graduação em odontologia do País, o da UnG aparece em 18.º lugar no ranking de produção de artigos internacionais por docente. “Das 17 IES que estão à nossa frente, 16 são instituições públicas de renome, a maioria com cursos antigos de mestrado e doutorado. Para nós, essa produção intelectual é muito gratificante”, aponta a coordenadora.

No quesito captação de recursos para financiamento de projetos de pesquisa, o mestrado também vai muito bem. Nos últimos quatro anos, foram captados mais de R$ 700 mil, sendo a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e o NIH (National Institutes of Health), nos Estados Unidos, os maiores financiadores. “Isso é um indicador de que nossa produção científica é extremamente forte, pois competem nos órgãos de fomento com inúmeras outras pesquisas de conceituadas instituições do Brasil e do mundo”, explica Magda.
A realização de pesquisa em larga escala, porém, só é possível graças à infra-estrutura. Dos seis laboratórios utilizados pelos mestrandos, dois são de referência nacional e internacional (Laboratório de Microbiologia e Biologia Molecular; e o de Biomateriais), e pesquisadores de outras entidades os procuram para desenvolver estudos. Somente no laboratório de Biologia Molecular, nos últimos 3 anos, foram desenvolvidos cerca de 15 projetos externos, de instituições como USP, Unicamp, Fiocruz, Uerj, Universidade Nacional de Tucumán e outras.  

No que se refere ao acesso a bibliografias, além das disponíveis na Biblioteca Fernando Gay da Fonseca, há a recém-assinada base de dados Blackwell Publishing STM Collection, que possibilita o acesso a mais de 400 periódicos das áreas de Ciência, Tecnologia e Medicina.

Os convênios com instituições nacionais e internacionais, como a Forsyth Institute (EUA), a Universidade de Chieti (Itália), a Universidade Nacional de Tucumán (Argentina), Universidade de São Paulo, etc., também possibilitam um intercâmbio de conhecimento, elevando a base científica dos mestrandos.  “O fato de termos portas abertas em outros países para a realização de intercâmbio e estudos conjuntos também teve peso significativo na conquista da nota 4 na avaliação”, acredita Magda.

Assim como a Capes, os mestrandos de Odontologia da UnG também reconhecem a evolução do curso. Maike Paulino da Silva, da área de periodontia, e Vanessa Renata Santos, de dentística, acreditam que o sucesso e o respeito científico conquistados pelo programa deve-se ao investimento da Instituição e ao trabalho árduo que o corpo docente e a coordenadoria realizam. “A infra-estrutura da UnG é auto-suficiente. Por meio das clínicas e dos laboratórios conseguimos realizar todas as atividades importantes para a nossa formação como mestres”, salienta Maike. “Os professores têm uma visão diferenciada e atenção redobrada com os estudantes. Eles não estão preocupados apenas em ensinar, mas em incentivar a produção de idéias”, complementa Vanessa.

A Avaliação Trienal 2007 da Capes analisou o desempenho de 2.266 programas de pós-graduação, sendo 3.409 cursos — 2.070 de mestrado acadêmico, 1.182 de doutorado e 157 de mestrado profissional. A avaliação gera notas de 1 a 7. Os cursos com notas 1 e 2 são descredenciados pela entidade. As notas 6 e 7 são atribuídas a cursos com desempenho equivalente ao dos mais importantes centros internacionais de ensino e pesquisa. A nota 5, para cursos com alto nível de desempenho — é o maior conceito admitido para programas que ofereçam apenas mestrado. A nota 4, para bom desempenho, e a 3, para o padrão mínimo de qualidade.

Doutorado – Graças ao bom desempenho do mestrado em Odontologia da UnG, o projeto de implantação de um doutorado na área está saindo do papel para se tornar realidade. De acordo com a profa. Magda Feres, a proposta já foi enviada à Capes e até dezembro será avaliada. “Se necessário, faremos modificações e reenviaremos para Brasília até o início de 2008. Num prazo de um ano, muito provavelmente já estaremos com o doutorado no programa”, avalia Feres.

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