segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Universidade Guarulhos realiza mutirão contra a gagueira infantil

Iniciativa faz parte da campanha do Dia Internacional de Atenção à Gagueira. Atendimento acontecerá no próximo dia 22, das 9h às 16h

Portal UnG (16/10/2007)- Dia 22 de outubro é o Dia Internacional de Atenção à Gagueira. Este ano, a campanha nacional, que tem como tema “Gagueira não tem graça, tem tratamento”, programou diversos eventos em todo o Brasil. Em Guarulhos, por exemplo, o curso de Fonoaudiologia da UnG em parceria com a Associação Brasileira de Gagueira e a Prefeitura Municipal realizarão o primeiro mutirão da campanha na cidade para atender crianças que tenham características da gagueira.

O atendimento, que será gratuito, acontecerá no dia 22, das 9h às 16h, na Clínica de Fonoaudiologia da UnG. Alunos e professores da Instituição irão fazer triagem, darão orientações sobre a gagueira e, em casos específicos, encaminharão o paciente para um atendimento mais detalhado.

Entre três e cinco anos de idade, a maioria das crianças apresenta hesitações e repetições na produção da fala, o que pode ser confundido com gagueira.
Fatores orgânicos, como disfunções motoras ou neurológicas, alterações psicológicas, distúrbios comportamentais relacionados ao convívio com outros gagos e alterações emocionais, podem fazer com que ocorra a quebra da fluência verbal.

A gagueira fisiológica, ou própria do desenvolvimento da linguagem, é uma disfluência observada na mais tenra idade e pode ser confundida com um distúrbio da fala.

A falta de fluência é muito comum na pré-escola. Nessa fase, os pequenos estão aprendendo a falar e é natural que cometam alguns errinhos ao pronunciar palavras e frases, o que não é considerado gagueira. De acordo com os especialistas, o ato de falar exige precisão, e a criança nessa idade está adquirindo a linguagem e conhecendo seus movimentos e o próprio corpo. Por isso, é normal que ela hesite, faça pausas longas e repita palavras, pois é o ensaio da fala.

Em crianças na pré-escola, é aceitável no máximo 10% da fala disfluente. A partir dos 8 anos, isso deve diminuir progressivamente. O problema só é preocupante quando o aluno repete sons e sílabas, demonstra esforço para falar, faz movimentos repetidos como piscar os olhos, bater a mão ou o pé ou mexer nos cabelos e não olha para a pessoa com quem conversa.

É importante que os adultos percebam que a aquisição e uso da linguagem é um processo de aprendizagem e que requer prática de ensaio, erro e acerto, até se obter o domínio total.

Completar a palavra antes da criança e demonstrar impaciência ao ouvi-la são atitudes que podem agravar o quadro e inibir o desejo de comunicação. O importante é manter a calma e procurar um profissional de fonoaudiologia.
Além o mutirão no dia 22, profissionais da UnG realizarão palestras em escolas de Guarulhos, distribuirão materiais de conscientização em diversos pontos da cidade e promoverão um plantão de orientação no dia 27 de outubro, na sede da ACM Guarulhos.

Serviço
Mutirão contra a gagueira infantil
Data e horário: dia 22, das 9h às 16h
Local: Clínica de Fonoaudiologia da UnG (Prédio H da Unidade Guarulhos-Centro) – Praça Tereza Cristina, 01, Centro, Guarulhos)
Informações: (11) 6464-1797