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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

José Pacheco fala para mais de 500 pessoas em palestra

2.º Encontro sobre Educação, Ciência e Tecnologia de Guarulhos aconteceu no último dia 30. Veja as imagens

Mais de 500 pessoas prestigiaram a palestra realizada pelo renomado educador português José Pacheco, que aconteceu no último sábado, 30/08, às 10h, no Anfiteatro F do Campus Guarulhos-Centro da UnG, durante o 2.º Encontro sobre Educação, Ciência e Tecnologia de Guarulhos. O encontro foi realizado em parceria com a Prefeitura de Guarulhos.

Especialista em Leitura e Escrita, e mestre em Ciências da Educação pela Universidade do Porto, Pacheco ganhou destaque após fundar, em 1976, a Escola da Ponte, instituição portuguesa que se notabilizou pelo projeto educativo e inovador baseado na autonomia dos estudantes. Desde 2012 coordena iniciativa semelhante no Brasil, o Projeto Âncora, cujas estruturas estão instaladas em Cotia, São Paulo. “A necessidade de inovar surgiu a partir de um complexo conjunto de problemas na Ponte: seu isolamento ante a comunidade de contexto, o isolamento dos professores dentro da escola, sutis ou claras manifestações de exclusão escolar e social, indisciplina, ausência de um verdadeiro projeto e de reflexão crítica sobre as práticas”, disse.

Durante uma hora e meia, o educador respondeu com muito bom humor a perguntas que abordaram sobre os desafios da educação e da ciência para o século XXI e da atuação docente. “Quando vejo que existe a vontade de mudança, insisto e colaboro para que ela ocorra”, disse Pacheco, que desde quando se aposentou no serviço público português se dedica a levar a diversos países a experiência da Ponte.

Questionado sobre os desafios para quem opta pela docência, Pacheco foi categórico. “O desafio de reconhecer que o principal obstáculo à mudança da escola é o próprio docente, quando detentor de cultura de autossuficiência; e de não compactuar com discursos feitos de lamentos e carentes de soluções são alguns. Se o professor não tem alto salário, deverá fazer aquilo que legitimará um salário digno; se reconhece não ter formação suficiente, que a busque, a exija; se considera que a gestão da escola o impede de assumir autonomia, que reaja, se organize em equipe e proponha mudanças”, explica.

Pacheco também falou que as novas tecnologias, por facilitarem o acesso à informação, poderão viabilizar um tipo de ensino que dispense professores papagaios. “Os docentes que reproduzem práticas de ensino obsoletas têm os dias contados. Mas, com a introdução de novas ferramentas, os educadores que souberem colocá-las ao serviço da aprendizagem não serão considerados descartáveis. Ao contrário: serão reconhecidos como necessários e indispensáveis, irão ver o seu estatuto social valorizado”, disse.

Estiveram presentes no encontro, o Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da UnG, prof. Anselmo Milani, Luiz Carlos Teodoro, secretário de Desenvolvimento Econômico de Guarulhos e Marinilzes Mello, assessora de gabinete na Prefeitura de Guarulhos, entre outras autoridades. “Estamos muito felizes em ver o auditório repleto de professores, educadores, estudantes e profissionais que acreditam na educação brasileira. É por meio destes ensinamentos que nossas crianças criarão gosto pela ciência e contribuirão para uma sociedade mais justa”, falou Milani.

Os colaboradores do portal “Românticos Conspiradores”, rede de profissionais que lutam pela educação democrática, também acompanharam a palestra.

Veja abaixo as imagens do Encontro.



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