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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

UnG é única IES privada do Estado com Centro de Pesquisa Paleontológica

Espaço da Universidade funciona há mais de 20 anos. Laboratórios e museu com mais de 30 mil microfósseis fazem parte da infraestrutura
Portal UnG (14/09/2009) – De frente para o seu computador, cuja tela exibe um infográfico produzido pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia, a professora Maria Judite Garcia contempla importante vitória, profissional e pessoal. No mapa que elenca os 63 Centros de Pesquisas Paleontológicas de todo o País aparece o nome da Universidade Guarulhos, única IES privada no Estado de São Paulo – e entre as quatro do Brasil – a ter um espaço dedicado aos estudos de paleontologia. “Estamos diante de uma conquista árdua, mas extremamente gratificante”, diz emocionada a doutora em Geociências. “Fazer-se conhecido neste meio não é tarefa fácil. De pouco em pouco fomos evidenciando nossos trabalhos em congressos, tornando-se populares entre os pesquisadores e as instituições”, complementa.

O caminho começou a ser trilhado em 1984, 20 anos antes de surgir na UnG o Mestrado em Análise Geoambiental. Trabalhos de Conclusão de Curso e pesquisas espontâneas dos alunos de Ciências Biológicas e Geografia foram aos poucos trazendo materiais e dando corpo ao Centro de Pesquisa. Pouco mais de 25 anos depois, o acervo e a infraestrutura tornaram-se referência nacional. São dois laboratórios, de Palinologia e Paleobotânica e de Sedimentologia, todos estruturados com modernos equipamentos – a maioria adquirida com verbas provindas de órgãos de fomento, como Fapesp e CNPq – e mais de 30 mil microfósseis – de até 1 bilhão e meio de anos – de diversos grupos, como braquiópodes, bivalves, trilobitas, insetos, plantas, aracnídeos, vertebrados, etc. “Muitas de nossas conquistas na área ambiental têm origem desse trabalho, inclusive o próprio Programa de Mestrado. Além disso, já fora realizado aqui muita pesquisa”, salienta Judite.

A docente explica que fazem parte desse amplo acervo, coleções didáticas e as classificadas como “tipos paleontológicos”. Trata-se de fósseis inéditos para a ciência, descobertos e descritos por pesquisadores da UnG e de outras instituições. Eles são estudados, catalogados e divulgados para todo o mundo em revistas científicas. “Essas peças dão à UnG uma grande responsabilidade, tanto em âmbito nacional como internacional”, aponta.

Um dos planos de Judite, coordenadora do Centro de Pesquisa Paleontológica da UnG, é estruturar um museu virtual e disponibilizar as imagens dos microfósseis e macrofósseis e seus contextos históricos para a consulta de cientistas de todo o mundo. “Isso dará ainda mais visibilidade ao trabalho da Instituição”, aponta. O projeto está em andamento.

O presente do passado
Viajar pelo processo evolutivo do planeta terra, através de rochas, minerais, mapas e réplicas que vão de crânios de hominídeos e de tigre-de-dente-de-sabre a partes de dinossauros, como dentes, garras, pele, etc. Esse nostálgico tour também é proporcionado pelo Centro de Pesquisa Paleontológica da UnG. São quase 200 réplicas, muitas das quais raras no País. “Existe reconhecimento da qualidade da coleção paleontológica da UnG por parte de importantes instituições brasileiras. Tanto é que muitas nos solicitam materiais para pesquisa e exposição”, revela Judite.

O Centro também recebe periodicamente visita de estudantes das redes pública e privada de ensino de Guarulhos e São Paulo.
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