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Veja 4 produtos infantis que as crianças não pediriam ao Papai Noel

Com a chegada dos presentes de Natal, separamos algumas propagandas de produtos infantis que já foram sucesso, mas hoje seriam consideradas bizarras e absurdas para a criançada assistir, confira!
Por: 19/12/2017 - 08:51 - Atualizado em: 22/12/2017 - 16:11
4 produtos infantis que as crianças de hoje não pediriam ao Papai Noel
4 produtos infantis que as crianças de hoje não pediriam ao Papai Noel

Escrito por Rebeca Ângelis

Pense na situação: todos os dias, pela manhã, Pedrinho assiste à programação de desenhos na TV e, aos intervalos, morre de curiosidade em experimentar os produtos atrativos, mostrados pela publicidade. O desejo é tão grande que o garoto, mesmo sem ter condições de comprar, vai a um supermercado e simplesmente toma um Danoninho e é detido pelo segurança do local. Quando é questionado sobre o motivo de cometer tal ato, ele explica que só queria saber qual gosto tinha o produto tão anunciado em sua televisão.

Vários “Pedrinhos”, enquanto criança, são estimulados constante e indiretamente ao consumo de variados produtos, em diversos meios de comunicação. Claro que a anedota que apresentamos acima não representa a grande maioria das crianças que são impactadas pela publicidade, no entanto, é inegável que cenas de pais constrangidos em lojas, devido a choros de seus pequenos que não tiveram seus pedidos atendidos são bem comuns. 

Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em outubro de 2010, avaliou que as crianças com idade entre 7 e 13 anos, possuem 70% de domínio das decisões de compra de diversos produtos, especialmente no segmento de alimentos (92%), brinquedos (86%) e roupas (57%). A pesquisa destacou ainda que a indústria alimentícia usa personagens licenciados para aumentar a venda de alimentos com alto teor de gordura, açúcar e sódio ao público infantil.

Em muitas campanhas é notório perceber circunstâncias de bullying, sensualidade, consumismo direcionadas ao público infantil. Baseado nesse contexto, o consumo precoce pode gerar hábitos negativos e até mesmo prejudicar as crianças no futuro. Para se ter uma ideia o índice de obesidade infantil ainda é crescente no país. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografias Estatísticas (Ipea), realizada no ano passado, revelou que uma em cada três crianças no Brasil está pesando mais do que deveria.

Para estabelecer limites, um projeto de Lei nº 5921/2001, que proíbe a publicidade dirigida à criança e regulamenta a publicidade direcionada a adolescentes, com regras mais rigorosas para os meios midiáticos, foi criado há 15 anos. Embora ele permaneça congelado à espera de votação na Câmara, de lá para cá, algumas mudanças já foram realizadas.

De acordo com o Código de Autorregulação Publicitária (Conar) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), existem regras de publicidade voltada ao público infantil, a exemplo da proibição anúncios de frases no imperativo, como “Peça para seus pais!” .

Pensando nisso, separamos algumas propagandas que já foram sucesso, mas hoje, são consideradas bizarras e absurdas para o público infantil assistir. Confira.

1-Tortuguita: o bullying da tartaruga

Neste anúncio, exibido em 1997, facilmente uma criança ficaria chocada  e com pena da tartaruga. O vídeo exibe um diálogo entre duas tartarugas de chocolate. Uma delas tem uma dúvida e questiona à outra com perguntas que são respondidas em tom agressivo culminando no xingamento de “estúpida” àquela que pergunta. Ao final do diálogo uma delas come a cabeça da outra.

2- Sensualidade precoce

Nesta propaganda de cosmético da Alfazema, uma mulher e uma menina aparentemente com 4 anos aparecem nuas se perfumando de forma sensual. Enquanto a mulher simula tocar em determinadas partes do corpo, a menina passa o produto em todo corpo e tem todas as partes exibidas sem censura. O vídeo foi anunciado em 1989.

 

 

3- Bebês com cabelos de esponja de aço

Uma campanha nem tão antiga assim da empresa de esponjas de aço, Assolan, exibida em 2005, levanta polêmica quanto ao seu teor racista. No vídeo, vários bebês de cor branca surgem com cabelos de lã de aço, bem como um bebê negro. A trilha de fundo, em ritmo de canção de ninar, ressalta o efeito do produto: “passou, limpou, esfregou brilhou...”. No entanto, infelizmente no Brasil, o cabelo crespo de crianças negras, repetidas vezes é comparado de forma pejorativa à produtos como a esponjas e lãs de aço. Colocar um bebê negro nessa situação acendeu as discussões sobre racismo na publicidade na época.

4- A tesoura que “toda criança" deveria ter

O comercial da marca de tesouras Mundial, exibido em 1992, estimulava que através de chantagens, as crianças adquirissem o produto num encorajamento da competição infantil através da posse de bens materiais, no caso, a tesourinha com o personagem do Mickey ou Minnie.

A propaganda de pouco mais de 30 segundo se resume num menininho balançando a tesoura e dizendo: “Eu tenho, você não tem!”.

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