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Tradição de festas juninas/julinas é um modo de economia criativa

O conceito é analisado a partir da premissa de que um bem cultural pode tornar-se um bem ou serviço
Assessoria de Comunicação Por: Juney Freire 29/07/2019 - 16:23
Imagem mostra desenhos de elementos de festas juninas
Festas juninas movimentam a economia do país
As tradicionais festas de meio de ano, denominadas junina, julina ou até agostina, são comemorações populares comum em todas as regiões do Brasil, especialmente no Nordeste. Introduzida no Brasil por influência dos portugueses, no século XVI, inicialmente, a festa possuía uma conotação estritamente religiosa e era realizada em homenagem a santos como São João e Santo Antônio. Tal conotação foi desaparecendo em partes, uma vez que é vista por muitos como uma festividade mais popular do que religiosa.
 
Toda essa popularidade trouxe um movimento para a economia do país. De acordo com o economista e professor da UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas Rio de Janeiro, Heitor Silva, há mais de 20 anos a simbologia das festas do ciclo junino passou a ser cooptada como produto econômico, inclusive como incremento ao turismo.
 
“Em 2017, por exemplo, Campina Grande-PB recebeu a maior festa junina do Brasil, com movimentação financeira estimada em R$ 200 milhões, crescimento de 25% em relação a 2016. O Parque do Povo, local da festa, recebeu 2,5 milhões de visitantes nos 30 dias de evento”, explica o professor.
 
O economista ainda comenta que tal progresso financeiro pode ser inserido no conceito de “economia criativa”. Para a UNESCO, o termo representa a criação, produção e comercialização de conteúdos que são intangíveis e culturais em sua natureza, que estão protegidos pelo direito autoral e podem tomar a forma de bens e serviços.
 
No caso junino, as danças típicas - como a quadrilha -, o hábito de vestir-se de xadrez e de modo caipira, além da produção de comidas à base de milho e amendoim - como canjica, pamonha e pé de moleque -, mantêm a cultura e, de quebra, ainda mantêm a economia criativa. 
 
Este conceito de economia, assim, encontra-se enraizado na cultura brasileira a partir de seus eventos multiculturais. Ele promove a criatividade da população e, por consequência, faz circular a economia do país através do estímulo ao turismo e produção de bens de consumo de itens alusivos ao período junino.
 

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