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Taquigrafia: atenção e agilidade na hora de escrever

Na era da tecnologia, a técnica milenar está se tornando raridade
Por: Elaine Guimarães 30/04/2019 - 15:24 - Atualizado em: 02/05/2019 - 10:00

Escutar e transcrever a fala de alguém no momento em que ela é dita parece uma tarefa difícil para muitas pessoas. No entanto, para quem domina a técnica milenar chamada de taquigrafia, a ação parece algo simples. De maneira geral, a taquigrafia é um tipo de escrita desenvolvida para ser tão rápida quanto a fala. Para isso, os taquígrafos, como são chamados os profissionais que reproduzem os discurso falados, fazem uso de símbolos para os registros, a partir de sinais específicos desse tipo de escrita baseados em fonemas - sons das sílabas de cada palavra.

No Brasil, a técnica foi criada, em 1926, pelo estudante de medicina Oscar Leite Alves. Na época, ele aplicou formas geométricas simples para representar os fonemas. Porém, há  vários métodos de taquigrafia e variantes dentro de cada um deles. Assim, cada taquígrafo consegue ler e interpretar apenas o seu taquigrama (texto), o que torna a técnica ainda mais particular.

Taquígrafo: profissional rápido e raro

Na era da tecnologia ao alcance de quase todos, os taquígrafos são peças cada vez mais raras. Entretanto, esses profissionais são requisitados nos três poderes - legislativo, executivo e judiciário. Atentos, não só as palavras, mas também aos sons e gestos daqueles que participam das audiências e sessões ordinárias, os taquígrafos escrevem, em média, entre 100 e 120 palavras por minuto.

No entanto, mesmo com um mercado de trabalho extenso e salários atrativos, há uma carência de profissionais qualificados, detentores de uma extensa bagagem cultural e domínio avançado da língua portuguesa.

Para ocupar uma vaga em um destes setores, as contratações obedecem a dinâmicas distintas. Os órgãos ligados ao Poder Executivo, por exemplo, não contam com taquígrafos em seu quadro de funcionários. Logo, a contratação é feita por meio de licitação, ou seja, a empresa vencedora ficará responsável por contratar um profissional para atuar como taquígrafo. Nos demais poderes, os especialistas ocupam cargos por meio de concurso público.

Os certames destinados a taquígrafos, geralmente, exigem ensino médio completo como escolaridade mínima. Porém,  alguns processos seletivos pedem ensino superior completo, em qualquer área, para salários de R$10 mil no Judiciário e até R$ 20 mil reais no Legislativo.

Confira como funciona o trabalho de um taquígrafo:

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