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Se o mundo muda, mudemos também

Janguiê Diniz - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo
Assessoria de Comunicação Por: 15/06/2020 - 15:57 - Atualizado em: 16/06/2020 - 16:02
Imagem mostra Janguiê Diniz
Vem aí, o “novo normal”. Essa é uma das expressões que mais se tem ouvido ultimamente. Não sem motivo. O novo coronavírus afetou o mundo inteiro de tal maneira que revirou e alterou todas as estruturas sociais. E agora, começam as projeções para o futuro, em que, dizem estudiosos e especialistas, “nada será como antes”.
 
Novos hábitos, novas posturas, novos protocolos. A crise causada pela covid-19 e a própria doença, ainda sem cura, exigem de todo mundo mais consciência e farão com que enxerguemos o mundo de maneira diferente. Alguns países do mundo estão retomando as atividades econômicas e de comércio, a exemplo do Brasil, mas tudo deve ser feito com cautela e supervisão. Na Europa, por exemplo, alguns shopping centers, mesmo com a volta dos clientes, adotaram medidas restritivas de circulação, como demarcação nos corredores e espaços internos das lojas, além da limitação de ingresso de pessoas. A Nova Zelândia se destacou nesse processo de recuperação, mostrando-se um exemplo no combate ao coronavírus: por lá, as medidas de isolamento foram revogadas após o anúncio de que o vírus havia sido eliminado – apenas as fronteiras do país permanecem fechadas, para impedir a importação de novos casos.
 
Teremos que nos acostumar a novos hábitos: uso de máscara em locais públicos, higienização reforçada e manutenção do distanciamento são algumas delas. O brasileiro é, por natureza, afeito ao contato, ao abraço, ao beijo. Essas atitudes, certamente, serão desencorajadas ainda por certo tempo. Entendamos: com o cenário que se desenvolve, manter distância e evitar o toque pode ser uma das maiores demonstrações de afeto e cuidado. Acima de tudo, é necessário um esforço coletivo para que possamos proteger o maior número de pessoas. O país já beira a casa dos 45 mil óbitos em decorrência do coronavírus, e todos queremos que essa contagem pare de aumentar. Façamos, então, nossa parte.
 
Já olhando para o futuro sob o prisma econômico, o mercado tem sofrido e ainda vai sofrer profundas mudanças. Com o fechamento do comércio, muitas empresas e empreendedores foram forçados a adotar os meios digitais de venda e comunicação com o cliente. O que poderia ser um incômodo para alguns, mesmo por falta de conhecimento, é uma enorme oportunidade de desenvolvimento. A internet conecta pessoas ao redor do globo, expandindo as possibilidades de negócios. O marketing digital, nesse contexto, ganha especial importância no traçado de estratégias online. E esse será um movimento sem volta. As empresas precisam revisar seus modelos de negócio, a fim de se adaptarem à nova realidade. Os grandes eventos, que serão os últimos a poder retornar, precisarão, por enquanto, se adaptar – e já há bons exemplos de marcas e empresas que estão produzindo eventos online e com ampla participação do público. Esses eventos ainda têm tido um caráter gratuito e beneficente, mas, no futuro, porque não serem pagos, mesmo que a preços simbólicos? São novas formas que devem ser estudadas e validadas.
 
O mundo está passando por todas essas – e muitas outras – mudanças, mas nenhuma delas valerá se também não mudarmos nosso interior, nossas crenças e atitudes. É hora de repensarmos o modo como vivemos, nos relacionamos e consumimos. Se “nada será como antes”, é imperativo também que não sejamos – todos, pessoas físicas e jurídicas. Mesmo porque só sobreviverá a esse turbilhão de mudanças quem melhor se adaptar a elas.

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