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Saiba o motivo de celebrar o Dia do Orgulho LGBTQIA+

Dia 28 de junho é a data marcada para celebrar a luta e o direito da comunidade no mundo. Mas do que se trata esse assunto?
Por: 28/06/2022 - 11:14
Bandeira símbolo do Orgulho LGBTQIA+. crédito: pixabay

Escrito por Suellen Fernandes

Você deve ter notado mudanças em fotos de perfil nas redes sociais, sites e fachadas de empresas. As cores do arco-íris são destaque e fazem parte da identidade do universo gay e por esse motivo muitos perfis aderiram à paleta de cores. Em junho é celebrado o Dia do Orgulho LGBTQIA+, quando a comunidade lembra pautas de luta e direitos.

Mas do que se trata esse assunto? Se você quer entender o tema, segue a leitura para compreender.

Orgulho LGBTQIA+

Dia 28 de junho é a data marcada para celebrar a luta e o direito da comunidade no mundo. Ela teve origem a partir de uma revolta ocorrida em Nova York, em 1969, época em que ser homossexual era crime nos Estados Unidos da América. Na cidade existia um bar chamado Stonewall Inn, em que as pessoas da comunidade podiam frequentar e se sentir seguras, mas que constantemente era abordado por policiais que faziam uso da violência. 

Se iniciou uma revolta à época e um ano depois, foi celebrada uma marcha de memória àquela ocasião. O ato deu início à parada gay. Duas pessoas são símbolo da luta conhecida como Stonewall, iniciada no fim da década de 1960: Marsha P. Johnson, mulher transexual negra e Sylvia Rivera, mulher trans latina.

O que começou com o Dia da Libertação, hoje é um marco para lembrar da importância do direito de ser livre, de poder frequentar lugares sem sofrer perseguição, violência e medo. 

Direitos 

Os direitos avançaram mundo afora. A orientação sexual deixou de ser crime em grande parte dos países. Embora existam preconceitos velados e explícitos como a homofobia, muito se conquistou ao longo das décadas.  

Classificar a homofobia e criminalizar o ato foi uma vitória para a comunidade LGBTQIA+ no Brasil. Esses são atos provenientes de pautas levantadas em marchas nas ruas e por representatividade nas casas legislativas e judiciárias.

O casamento e a união estável foram aceitos, assim como a adoção de crianças também foi uma vitória para a comunidade. 

Ver pessoas nos espaços de poder e de representação é uma pauta levantada no dia do orgulho LGBTQIA+. Ter lideranças na política, em salas de aula e em locais de autoridade, dão um recado à sociedade. Fazer parte do grupo LGBTQIA+ assegura direitos iguais garantidos pela Constituição Federal de 1988. Mas infelizmente os números nem sempre apontam vitórias.

Em 2021, 316 pessoas LGBTQIA+ sofreram morte violenta, de acordo com o Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+. Esses números são levantados por organizações da sociedade civil e apontam que a comunidade sofre diariamente com quase uma perda por dia no ano. Por entender que existe homofobia nesses casos e subnotificação no número de mortes, o grupo e simpatizantes levantam a voz. Pedem que medidas sejam tomadas para que essas situações não voltem a se repetir.

Conscientização

Chamar a atenção da sociedade faz parte do dia do orgulho LGBTQIA+ e de outras datas que levantam a pauta. Lembrar dos direitos, das mortes e educar as pessoas para respeitar a liberdade de ser e poder conviver em uma sociedade livre de discriminação.

LGBTQIA+...

A sigla tem mudado ao longo das décadas e ao ler esse conteúdo pode ser que ela nem esteja mais atualizada (considerando que você esteja lendo meses após essa publicação), mas a seguir, você encontra o significado de cada abreviatura.

Lésbicas: mulheres atraídas por mulheres;

Gayshomens atraídos por homens;

Bissexuais: pessoas que se atraem por ambos os gêneros;

Transexuais/Transgênero: pessoas que não se enxergam no gênero que nasceu, com base nos órgãos sexuais;

Travestis: pessoa que nasce do sexo masculino, mas se identifica  com o gênero feminino;

Queers: termo em inglês que significa diferente, mas engloba pessoas que se identificam com todas as orientações sexuais e gêneros;

Questionados: é quem não sabe qual a sua identidade ou orientação sexual;

Intersexos: termo designado a quem nasce com duas genitais;

Curiosos: pessoas que desejam experimentar coisas diferentes, mesmo tendo certeza da orientação ou identidade;

Assexuais: pessoas sem atração sexual;

Agêneros: pessoas que não se identificam ou não identificam com nenhum gênero;

Andrógino: pessoa que assume postura social comum ao gênero masculino e feminino;

Pansexuais: quem sente atração sem se importar com o gênero da outra pessoa;

Polissexuais: pessoas que sentem atração por vários gêneros, mas não todos;

Familiares: chamados de Aliados,  são parentes e amigos que apoiam a causa;

Two-spirits: ou dois espíritos em português.  Está relacionado a uma identidade indígena que não tem padrão de gênero da sociedade como homem e mulher;

Kinks: é um termo em inglês para fetiche;

+: são os mais diversos grupos que não se sentiram representados dentro da sigla, incluindo Arromântico, não-binários, gênero fluído e cisgêneros.

Quer saber mais sobre as siglas ou a pauta que foi abordada aqui? Deixe seu comentário para ampliarmos esse tema.

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