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A quem serve a guerra?

Janguiê Diniz - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo
Assessoria de Comunicação Por: 06/04/2022 - 09:19
Desde o dia 24 de fevereiro deste ano, o mundo tem se chocado com as imagens vindas na Ucrânia. Prédios sendo bombardeados, cidades destruídas, pessoas desesperadas fugindo de casa. A operação militar de invasão deflagrada pela Rússia levou caos ao país vizinho e instaurou clima de tensão e medo ao redor do globo. A guerra pode parecer geograficamente distante do Brasil, mas a verdade é que esse conflito tem tudo a ver com as nossas vidas e pode ter reflexos diretos em diversos aspectos do nosso dia a dia.
 
A tensão entre Rússia e Ucrânia vêm crescendo desse 2014, culminando no estado de guerra atual. Diversos conflitos de interesses, que não envolvem apenas os dois países, têm influência sobre o imbróglio. No fundo, tudo se resume a disputas por poder e riquezas. Chega a ser surreal imaginar que, em pleno século 21, estejamos presenciando uma guerra – o imaginário das duas Grandes Guerras do século passado vem à tona e parece ser algo inconcebível para os dias atuais.
 
Independentemente de diferenças políticas e ideológicas, o ódio e o conflito jamais são a melhor saída. Muito pelo contrário. Eles só produzem violência e negatividade e, no caso dessa triste guerra, levam à destruição e à morte de pessoas inocentes. São lamentáveis as cenas de crianças, mulheres e idosos que nada têm a ver com a briga entre os governantes dos seus países tendo que fugir, desesperados, em busca de abrigo, muitos até em outros países. Descaracteriza-se uma nação, abalada não só fisicamente pelos mísseis, mas socialmente.
 
Ora, ninguém sairá ganhando com a guerra. Perde o mundo inteiro. A humanidade já não sofreu o bastante com conflitos armados em sua história? Não se trata aqui de defender um lado ou outro, mas de clamar pela paz. E como podemos chegar à paz? Somente pelo diálogo, pela democracia, pelo respeito às diferenças. O entendimento sempre será a melhor forma de resolver qualquer conflito. Sentar à mesa de negociação é o caminho a ser tomado pelos governantes envolvidos na guerra. Até lá, soldados inocentes, muitos deles avessos à luta armada, continuarão morrendo dos dois lados, deixando suas famílias e nações em um luto terrível; civis igualmente inocentes também perecerão, tidos como “margem de erro”.
 
Não é hora de se manter neutro, nem defender um lado ou outro. As nações do mundo inteiro precisam trabalhar num esforço conjunto para simplesmente encerrar essa guerra que não trará benefícios a ninguém, nem mesmo aos ocasionais “vitoriosos”. A concórdia deve ser o objetivo neste momento, pelo bem da humanidade. Que o povo da Ucrânia encontre logo o caminho da paz e que possamos também ser pessoas mais tolerantes e abertas ao diálogo no nosso dia a dia.

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