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Os mais tradicionais blocos de Carnaval do Rio de Janeiro

Há blocos com mais de 70 anos de tradição
Por: Camilla de Assis 05/02/2018 - 15:29
Cordão da Bola Preta Foto: Reprodução/Facebook
 
Todos os carnavais observamos novos blocos sendo criados pela moçada brincante. Com diversos temas, os blocos de rua encantam e agradam os foliões que gostam da essência do Carnaval. Com seus 30, 40 ou até mesmo 50 anos de participação da Festa de Momo, arrastam milhares de carnavalescos pelos bairros do Rio de Janeiro. Conheça alguns dos blocos mais tradicionais da cidade maravilhosa. 
 
Cordão da Bola Preta
Este clássico bloco de rua do Rio de Janeiro completa 100 anos em 2018. Não somente clássico, como também o maior bloco da cidade, o Cordão da Bola Preta arrasta mais de 1,5 milhão de pessoas pelo centro da cidade, no sábado de Carnaval.
 
Marchinha do Cordão da Bola Preta
 
Quem não chora não mama!
Segura, meu bem, a chupeta
Lugar quente é na cama
Ou então no Bola Preta
 
Quem não chora não mama!
Segura, meu bem, a chupeta
Lugar quente é na cama
Ou então no Bola Preta
 
Vem pro Bola, meu bem
Com alegria infernal!
Todos são de coração!
Todos são de coração
(Foliões do carnaval)
 
Suvaco de Cristo
O famoso Suvaco de Cristo foi fundado em 1985, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. O nome peculiar foi inspirado no cantor e compositor Tom Jobim, segundo integrantes do bloco, pois o mesmo dizia que tudo na sua casa mofava porque ele vivia no “sovaco de Cristo” (a localização seria uma linha reta das axilas sa estátua do Cristo Redentor, no Morro do Corcovado).
 
Enxota a Caretice do Patropi (Enredo 2018)
 
O lábio grande range e mostra o dente
A língua lambe o suor de frente
Acordes dissonantes “Cinco mil alto-falantes”
Na geleia-geral da gente
A arte sai dos pelos, dos bueiros e buracos
E a poesia, do Suvaco
 
Tantos anos depois a gente tem que por 
na bunda ...outra sunga de tricô
Deixa eu beijar meu amor seja ele quem for
Sou eu que escolho pra quem toco meu tambor
Não enche meu carnaval de pastor
Eu sou devoto é de Alalaô
 
Sem lenço e sem documento
Tropicalismo dá um pulo aqui
Enxota ta ta!
A caretice do patropi
 
Escravos da Mauá
Em 1993, um grupo de amigos e profissionais de diversas áreas, trabalhadores do Centro do Rio de Janeiro, se reuniram para festejar o Carnaval. O nome é uma ligação com o local onde o bloco foi fundado, nos entornos da Praça Mauá. Aqui você encontra todos os sambas até o ano de 2009. Confira abaixo a letra do primeiro.
 
Navio Negreiro
 
No tempo em que a Mauá era uma praia
e os franceses de tocaia
invadiram esse lugar
Do alto do Mosteiro de São Bento
Se escutava o desalento
Dos escravos a remar
 
Navio negreiro, atracado no cais
Navio negreiro, chegando do mar
 
E lá nos armazéns da Camerino
Homens, velhos e meninos
O Valongo sem amor
Senhores de engenho, fazendeiros
Punham todo o seu dinheiro
No pregão do mercador 
 
Quem é, quem é
Que vai querer ficar com a nega
É mulher pra dizer chega
Sinhôzinho pode ver
Quem é, quem é,
Que vai querer comprar o escravo
O cara é bom, o homem é bravo
Ninguém vai se arrepender
 
Batuque do samba, na Pedra do Sal
Azul e amarelo no meu Carnaval 
 
E hoje que aboliram a escravatura
E a Rua Sacadura é do Escravos da Mauá
Nos becos, no Morro do Livramento
O que se escuta é o movimento
Das Boites de dançar
 
Navio estrangeiro atracado no cais
Navio estrangeiro chegando do mar
 
E lá nos Cabarés da Boemia
E aqui no Bloco da alegria
O Carnaval já começou
Mulheres, foliões e funcionários
Sonham ter um bom salário
Ou viver um grande amor
Quem é quem é
Que vai querer ficar com o gringo
Tem dólar, whisky e brinco
Ele quer presentear
Come on, come on
Tamandaré americano
Cowboy entra pelo cano
Se o pó não quiser sambar
 
Batuque do samba, na Pedra do Sal
Azul e amarelo no meu Carnaval
 
Qual desses sambas-enredos é seu preferido? Conte pra gente nos comentários!

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