No dia 24 de março, definiu-se o que todos já apontavam como o mais provável: a suspensão dos Jogos Olímpicos de Tóquio – Japão 2020. O motivo, mais que claro, é a pandemia mundial do vírus Covid-19. Toda a demora para tal decisão, entretanto, aconteceu por motivos que vão além do âmbito esportivo, como questões políticas, que acometem a seleção de uma sede olímpica, bem como todo o investimento realizado no local sede.
Porém, no viés esportivo, o coordenador de Educação Física da UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas Rio de Janeiro, Pedro Zubcich, aponta pontos sobre os efeitos à vida dos atletas olímpicos. “A preparação do atleta para o maior evento esportivo do mundo não se dá em algumas semanas ou meses. O ciclo de preparação olímpica reflete uma preparação de anos, décadas ou, até mesmo, de uma vida profissional dedicada ao esporte. Os atletas, nesse sentido, possuem rotinas de treino específicas para cada momento de sua preparação”, comentou.
O profissional ainda contextualiza, a exemplo, os nadadores. “Muitos atletas no Brasil dependem de piscinas públicas para sua preparação. Com o fechamento das mesmas, é inviável sua preparação de modo qualificado para um evento que – se não fosse cancelado – ocorreria nos próximos meses. Portanto, a própria qualidade competitiva do evento é dramaticamente afetada, já que a preparação das estrelas maiores – os atletas – não acontecerá no ápice de seu rendimento esportivo”, explica.
Por toda a situação de quarentena mundial, que afeta todos os setores, o primeiro-ministro do Japão, Abe Shinzo, em parceria com o Comitê Olímpico Internacional (COI), decidiu adiar os Jogos Olímpicos para 2021. O mês, entretanto, ainda não foi decidido. A ideia é que aconteça durante – ou antes – do verão japonês do próximo ano.
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