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Os caça-notícias: entenda o que é ser repórter

Abraçar as pautas, correr atrás das fontes, entrevistar, investigar a fundo, descobrir todos os detalhes: o repórter é, de certa forma, o “caçador de notícias” cuja função é, claro, reportá-las.
Por: Caroline Melo 16/02/2017 - 11:14 - Atualizado em: 06/06/2017 - 15:20
O Dia do Repórter é comemorado em 16 de fevereiro
O Dia do Repórter é comemorado em 16 de fevereiro

O repórter tem a função de descobrir o que acontece no dia a dia, representando a sociedade, mas sempre respeitando os códigos de ética e os direitos de todas as pessoas. E não é só isso: o profissional vai além. “Estamos presentes onde as outras pessoas não estão. O repórter é aquele que vive a notícia e sente o que os outros não podem sentir”. afirma Thiago Barros, professor de comunicação e jornalista. “Eu falo sempre que a nossa profissão não é menos relevante que as demais: médicos, engenheiros, advogados”, “Nós estamos aqui para informar as pessoas em primeira mão, abrir a primeira para o que é importante. As pessoas precisam de informação”, explica.

“Todos os jornalistas são preparados para atuar como repórter”, explica o jornalista Jurani Clementino, reforçando que a formação é a mesma para qualquer que seja a ocupação desse profissional da comunicação. Mas a grande diferença fica a cargo do modo como é feito o trabalho. Segundo Jurani, alguns veículos exigem mais agilidade que outros, mas todos os repórteres precisam, acima de tudo, ter uma mente aberta. “Ser repórter é ter sensibilidade na hora de observar, investigar, coletar informações. É ver no óbvio algo diferente”, observa. “O bom repórter tem algo muito particular. A formação ajuda, mas tem que ter essa pegada pessoal, que depende também da bagagem do jornalista”.

A reportagem que marcou

E é por viver coisas que pouca gente viveu que os repórteres têm a missão de contar as histórias. Muitas coberturas inspiram e marcam a vida não apenas de quem é retratado nas reportagens, mas também dos próprios jornalistas.

“Não esqueço quando, numa redação de esportes, eu atendi o telefone. Veja bem, isso não acontece todo dia, mas dessa vez era uma mãe de uma criança. A menina, segundo ela, era de escola pública, tinha baixa renda, mas era uma excelente atleta e participava de uma competição de atletismo à época. Só que ela era a única atleta treinando sem o calçado adequado”, relembra Thiago Barros. Ele conta que resolveu seguir a história e visitou a escola da garota, fez entrevistas, mostrou a realidade da criança e publicou a matéria.

“No dia seguinte, logo pela manhã, soube que essa família tinha recebido várias cestas básicas, roupas e calçados!”, continua o repórter, feliz. “E pouco tempo depois, essa mesma criança acabou ganhando a medalha de ouro e foi selecionada para a etapa nacional da competição.”

Nem sempre casos como esses acontecem na vida de um repórter, concorda Thiago, muito menos com tal resposta da comunidade, mas ainda assim sempre valem a pena. “Não derrubei nenhum presidente, como foi no caso Watergate”, compara o professor e jornalista, lembrando o escândalo político que levou à renúncia do presidente estadunidense Richard Nixon, “mas mudei de verdade uma situação. Isso mostra que o trabalho é importante”.

Se inspirou? Fique à vontade para contar você também suas histórias dignas de ser compartilhadas!

 

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