Por Bruna Victória
A Operação Carne Fraca foi deflagrada na última sexta-feira (17) e levou a proibição preventiva de venda de carnes produzidas por 21 frigoríficos investigados por fiscalização irregular. A decisão foi tomada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Além disso, países importadores como União Europeia, China e Coreia do Sul anunciaram restrições temporárias à entrada de carne brasileira das marcas envolvidas, o que já desenha um futuro preocupante para a economia dessa nação.
O Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo e o maior exportador. O setor, que era um dos mais lucrativos para a economia brasileira, agora se preocupa com os impactos negativos do esquema de venda de carne supostamente adulterada. Segundo a coordenadora do curso de Ciências Contábeis da UNIVERITAS, Carla Monnerat, os resultados chegarão ao longo do ano, como em investigações anteriores.
“A operação Lava-Jato expôs uma teia imensa de esquemas de corrupção, porém, paralisou empreiteiras imensas que aqueciam a economia do País. O erro de um grupo – que precisa ser corrigido – acabou gerando um prejuízo em grande escala, como também será o caso da Operação Carne Fraca. Menos de 1% dos frigoríficos brasileiros prejudicarão a economia de todo este mercado”, diz Monnerat.
Segundo a coordenadora, a exposição negativa na mídia com a Operação Lava-Jato já gerou consequências preocupantes. “É claro que a operação Lava Jato trouxe a visão de um futuro mais transparente para a política do Brasil, quando, ao mesmo tempo, levou a uma retração absurda do mercado, o que consequentemente leva ao desemprego”.
Além do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, diversos parlamentares também acreditam que a economia brasileira será afetada com os desdobramentos da investigação da Polícia Federal.
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