Clicky

Selecione a cidade
4020-9734

Notícias › Educação


No Dia Mundial de Luta contra a AIDS, entenda a diferença entre AIDS e HIV

Doença atinge mais de 81 mil pessoas no Brasil e quase 37 milhões no mundo, mas você sabe a diferença entre HIV e AIDS?
Por: Taísa Silveira 29/11/2016 - 10:23 - Atualizado em: 01/12/2016 - 09:50
Imagem: Shutterstock
HIV e AIDS você conhece a diferença?
Matéria escrita por: Camilla de Assis
 
 
Nesta quinta-feira (1º), é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. A data foi escolhida pela Assembleia da Organização Mundial de Saúde, com participação da Organização das Nações Unidas (ONU), em outubro de 1987. No Brasil, o calendário de combate à doença foi adotado em 1988.
 
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é ocasionada pelos desdobramentos do contágio com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Os primeiros registros da doença foram a partir de um vírus chamado SIV, encontrado no sistema imunológico de chimpanzés e do macaco-verde-africano. Entretanto, as siglas, embora se refiram a um mal em comum, não significam a mesma coisa no corpo de um ser humano.
 
A AIDS não é causada espontaneamente, mas a partir da infecção imunológica com o vírus HIV. Ou seja, uma pessoa que portar a doença terá que ter, necessariamente, o HIV no seu corpo. Entretanto, quem é HIV positivo não desenvolve, necessariamente, AIDS. Isso porque o vírus passa por um processo longo de incubação antes do surgimento dos sintomas da doença, da infecção das células e do sistema nervoso. 
 
Então, uma pessoa que for diagnosticada precocemente com o HIV no corpo, poderá realizar o tratamento disponível nos sistemas públicos e privados de saúde e, assim, conviver com a doença. Entretanto, é preciso ter cuidado porque mesmo que o indivíduo não apresente os sintomas, o vírus pode ser transmitido por meio de relações sexuais desprotegidas, seringas contaminadas e de mãe para filho, na gravidez ou amamentação. Por isso, a melhor maneira de evitar o mal é a prevenção, por meio do uso de preservativo.
 
Diagnosticadx com HIV. E agora?
Ser diagnosticado com HIV não é um sentença de morte. De acordo com o infectologista Carlos Eduardo Padilha, se a identificação da doença for realizada precocemente, juntamente com o tratamento, o paciente terá uma sobrevida de tempo inestimado. “O tratamento para a AIDS é ainda mais eficaz do que para doenças como diabetes e hipertensão”, comenta o médico.
 
O tratamento é composto da ingestão de três drogas basais, cada um com uma funcionalidade diferente que, ao final, têm efeitos somados. Segundo Padilha, mesmo com a probabilidade de efeitos colaterais a curto e longo prazos, como enjoos, vômitos, diarreias, tonturas, interferência no colesterol, triglicerídeos, gorduras no sangue e intoxicação no rins, os medicamentos mais modernos têm consequências mínimas.
 
Entretanto, mesmo com a alta taxa de sucesso, o infectologista Carlos Eduardo Padilha reitera a questão da prevenção. “É necessário que as pessoas não deixem de lado a prevenção, já que a camisinha é a melhor maneira de não contrair o HIV”, aconselha. O especialista ainda afirma que aqueles pacientes “controlados”, ou seja, cuja carga viral é indetectável por, pelo menos, dois anos, não são transmissores da doença.
 
Estatísticas
Dados do Ministério da Saúde, divulgados em janeiro deste ano, informaram que o número de pessoas em tratamento por conta do vírus HIV bateu escala recorde de 81 mil em 2015. O número reflete um aumento de 13% em relação ao ano anterior, quando 72 mil pessoas aderiram ao medicamento.
 
De 2009 a 2015, o número de pessoas que fazem uso de medicamentos retrovirais praticamente duplicou de 231 mil para 455 mil. A nível mundial, de acordo com a UNIAIDS, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientização e auxílio em relação à doença, 36,9 milhões de pessoas convivem com o mal.

Comentários