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Indicadores na qualidade da água: um bem necessário

Pesquisas ajudam a monitorar padrões apropriados para o consumo humano
Por: Katarina Bandeira 10/10/2017 - 10:25
Pesquisas servem para servem para alertar o público sobre as condições ambientais
Pesquisas servem para servem para alertar o público sobre as condições ambientais

Água é um dos bens mais preciosos para a manutenção da vida no planeta. Na nossa sociedade, além de servir para saciar a sede, ela também é usada na alimentação (cozinhando alimentos), na higiene básica e em tarefas simples, como lavar as roupas, os pratos, os animais de estimação, etc. Porém, com o constante aumento da população mundial, a qualidade da água que encontramos no meio ambiente tem ficado cada vez mais comprometida. Para ajudar a fiscalizar os níveis ideais para o consumo existem profissionais que realizam pesquisas específicas, que servem para alertar o público sobre as condições ambientais de determinadas regiões.

 

Água de beber e água de banhar

A engenheira agrônoma Regina de Oliveira Moraes orienta acadêmicos no mestrado em Análise Geoambiental, da Universidade de Guarulhos (UNG), a respeito da qualidade da água. Ela atenta para a importância de pesquisas nas águas brasileiras como parâmetro para a melhoria de vida nas comunidades. “O nosso mestrado trabalha com qualidade de água das bacias e dos poços hídricos. Usamos a água como parâmetro para saber se há coleta de lixo, tratamento de esgoto ou algum tipo de contaminação nos locais avaliados”, explica a engenheira.

Ela e outros profissionais seguem a Portaria de número 2.914, de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde, que estabelece o padrão de potabilidade, além de procedimentos de controle e de vigilância da água para consumo humano. Essa fiscalização inclui tanto o líquido que ingerimos, quanto o que sai das torneiras domésticas, utilizado em tarefas do dia a dia.

Indicadores de qualidade

Para cumprir os padrões exigidos pelo Ministério da Saúde são necessárias algumas avaliações que medem elementos físicos, químicos e biológicos. “São quase 70 ensaios diferentes para a gente considerar a água potável. Em Guarulhos, nós fazemos nove testes básicos para saber o que há com a água, inclusive em lagos, represas e até na água do mar”, conta Regina.

Ela aponta que a alteração em alguns indicadores pode ser sinal de alerta para a população. “A baixa concentração de oxigênio e a condutividade elétrica, por exemplo, estão assimiladas a esgoto na água”, explica, “Se a pessoa entrar em contato com líquido contaminado pode ter desde algum problema na pele, como um fungo, ou em caso de ingestão, diarreia, vômito e até leishmaniose”.

A engenheira também reforça que não é apenas o esgoto doméstico que pode causar problemas de saúde. “Caso os resíduos de alguma indústria contaminem as águas, elas podem apresentar algum metal pesado e isso pode causar problemas no fígado ou nos rins. Tem que tomar cuidado” alerta.

Uma pesquisa contínua

Apesar de ser um trabalho feito, na maioria das vezes, em sintonia com órgãos públicos, as análises de água também podem ser encomendadas por instituições privadas. Diversas empresas e até mesmo condomínios residenciais costumam pedir pesquisas como uma forma de valorizar seus espaços, atestando a qualidade da água que fornecem para possíveis clientes em potencial. Mas engana-se quem pensa que é fácil realizar a manutenção desse tipo de estudo.

Para ter os dados sempre atualizados, principalmente em relação a novos contaminantes e hormônios, a cada cinco anos é feita uma rechecagem da legislação. “Quando sai a nova lista já existe um grupo de pessoas estudando para fazer a nova adaptação.  É uma coisa que não pode ficar muito tempo parada”, finaliza a engenheira.

 

E você, sabia sobre o estudo da qualidade da água? Conta para a gente nos comentários!

 

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