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Guarda compartilhada em tempos de isolamento: como funciona?

Advogada explica qual a melhor alternativa para o momento
Assessoria de Comunicação Por: Juney Freire 26/05/2020 - 10:21 - Atualizado em: 26/05/2020 - 21:22
Desde o início do isolamento social, para muitas famílias, um fator é colocado à prova: como proporcionar um bom convívio à criança ou adolescente que possui guarda compartilhada? A situação agrava-se no contexto em que apenas é aconselhável sair às ruas para execução de tarefas essenciais, como comprar comidas, remédios e ir ao banco.
 
De acordo com, a advogada e professora do curso de Direito da UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas Rio de Janeiro, Priscila Rosa, a lei funciona de modo a manter um equilíbrio entre ambas as partes, desde que não afete a infância dos pequenos. “O objetivo da guarda é, tão unicamente, propiciar que o filho não perca o contato com os pais. Em momentos como a quarentena, é necessário que ambos sejam participativos, fisicamente, ou pela internet, bem como procurar dividir bem as datas de guarda do menor. Elaborar estratégias a dois é fundamental para que o menor possa ter recordações saudáveis desse momento futuramente”, explica.
 
Entretanto, a advogada aponta que alguns pais têm buscado na justiça a revisão da guarda compartilhada, utilizando-se como justificativa a necessidade de isolamento durante a pandemia. “Na maioria desses casos, o Judiciário tem negado o pedido, pois a convivência com ambos os genitores é extremamente essencial para a formação emocional e psicológica da criança, justificando-se o afastamento em casos em que a criança possui problemas respiratórios e o pai, por motivo de trabalho, não consegue manter o isolamento. Assim, cada caso tem que ser analisado com cautela e, sempre que possível, priorizando o menor, parte mais vulnerável nesta relação”, aponta.
 
Deste modo, o isolamento social pode ser uma experiência mais leve e de bem mútuo. O aconselhado, em um momento onde todos estão tão apreensivos, é que tudo seja resolvido na base da parceria. Justiça, neste momento, só em última instância. Cabe aos pais a responsabilidade de fazer a criança sentir-se protegida, amada e bem-educada, evitando que o atual momento possa proporcionar traumas à memória dos pequenos.
 

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