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Educação empreendedora

Janguiê Diniz - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo
Assessoria de Comunicação Por: 23/06/2021 - 11:13 - Atualizado em: 24/06/2021 - 10:58
A inovação é o que realmente faz uma empresa seguir competitiva. Também é o que movimenta a economia de um país e traz desenvolvimento. Um dos principais agentes promotores da inovação é a atividade empreendedora. Neste ponto, o Brasil ainda tem muito a melhorar. Precisamos disseminar o empreendedorismo entre nossos jovens.
 
De acordo com o Índice Global de Inovação, o Brasil ocupa a 62ª posição entre os 131 países pesquisados. Uma colocação ainda incompatível com a 12ª maior economia do mundo. Na minha ótica, esse problema tem origem na própria maneira como educamos nossas crianças e nossos adolescentes: não os incentivamos a pensar e agir de forma empreendedora. E aqui não me refiro apenas a negócios, mas a ter atitude empreendedora na vida – primordial para, depois, empreender empresarialmente.
 
O Instituto Êxito de Empreendedorismo e a UNESCO Brasil realizaram uma pesquisa com estudantes e professores do Ensino Médio da rede pública brasileira e os resultados corroboram minha tese: 95% dos estudantes e 96% dos docentes consideram importante a educação voltada ao empreendedorismo nas escolas. No entanto, este é um tema ainda deixado de lado. Só vemos iniciativas de estímulo ao pensamento empreendedor em escolas privadas – normalmente, as de mais alto padrão. A ideia de que empreender “é coisa de rico” é errada e prejudicial ao próprio desenvolvimento econômico do país, enquanto inovar parece algo distante ou difícil – um grande engano.
 
Imagine quantos talentos estão escondidos nas escolas públicas, nas periferias do Brasil, ou mesmo nos grandes centros. Defendo que todos têm o dom de empreender, uns mais, outros menos; basta que sejam incentivados a libertar todo seu potencial. O Brasil sempre foi “o país do futuro”, e esse futuro nunca veio. Talvez, porque não o preparamos. São essas mentes que estão nas escolas e faculdades, hoje, que serão o futuro da nação e, portanto, precisam ser desenvolvidas agora, a fim de que, lá na frente, deem os frutos adequados. Ter acesso a uma educação empreendedora, que estimule a inovação, expanda a mente dessas pessoas e as faça vislumbrar novas possibilidades de futuro, é condição para que também o Brasil engate uma crescente de desenvolvimento.
 
Com a pandemia do coronavírus, vimos surgir muitos empreendedores – muitos, por necessidade, mas também diversos por oportunidade. É em momentos de crise que o pensamento empreendedor e inovador se faz mais necessário, para que as pessoas encontrem as saídas dos problemas e possam se reerguer. Mas, para tal, o cultivo da cultura empreendedora, partindo da educação, deve estar cada vez mais presente no cotidiano das novas gerações.
 

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