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Descubra a importância da química forense

Área da ciência é usada com frequência, no intuito de desvendar crimes misteriosos
Rebeca Ângelis Por: 15/06/2018 - 11:18 - Atualizado em: 19/06/2018 - 17:17
Descubra a importância da química forense
Descubra a importância da química forense

Quem é fã dos filmes que falam sobre perícia criminal, certamente, já ficou curioso em querer saber como certos crimes são descobertos, por meio de análises químicas laboratoriais. A resposta está na junção de várias ciências da área, sobretudo, a química forense. Trata-se de um ramo específico da química, que envolve prática e investigação científica conectando  duas áreas distintas: a científica (química e biologia) e a humanística (sociologia, psicologia, direito). Entenda!

O que é química forense? 

A química forense consiste na junção de conhecimentos da própria química e toxicologia (estudos de composição tóxica), no intuito de auxiliar a investigar e compreender como determinados crimes ocorreram. Trata-se de um ramo singular das ciências químicas uma vez que sua prática e investigação científica devem conectar duas áreas distintas, a científica (química e biologia) e a humanística (sociologia, psicologia, direito).

Como surgiu?

A investigação de crimes por meio da química não é de hoje que existe. Algumas teorias apontam que o filósofo Democritus foi, provavelmente, o primeiro químico a relatar tais descobertas ao médico Hipócrates. O primeiro julgamento legal a fazer uso de evidências químicas, como parte de provas ocorreu apenas em 1752, no caso Mary Blandy, na Inglaterra (famosa assassina do pó do amor, que matou seu pai por envenenamento).

Já a química forense, propriamente dita, surgiu a partir de um crime de grande repercussão, cometido em 1850, no Castelo de Bitremont- situado na Bélgica. A vítima, Gustave Fougnies, era o cunhado do conde Hippolyte Visart de Bocarmé. Este, por sua vez, teria extraído óleo da planta do tabaco e, juntamente com a condessa, a irmã da vítima, teria obrigado Gustave Fougnies a ingerir a substância.

Para provar a consumação do crime, a polícia precisava de evidências que comprovasse a preparação do veneno, no laboratório do conde. Foi então, que solicitou a ajuda do químico francês Jean Stas para solucionar o caso. Stas conseguiu desenvolver um método para detectar a nicotina nos tecidos do cadáver, fator que levou a condenação do conde por assassinato e, no ano seguinte, sua execução na guilhotina.

O que fazem os químicos forenses?

O trabalho de um químico forense é voltado para a análise de amostras colhidas por investigadores, oriundas dos locais de crimes e ocorrências. Junto a perícia, sua atividade principal se destaca em identificar materiais e conhecer a natureza de cada prova relacionada a um crime.

O profissional dessa área lida com grandes variedades de provas e amostras e, por essa razão, precisa ter conhecimentos em vários segmentos da química orgânica e bioquímica, já que terá, com frequência, de analisar fluidos de origem biológica.

O químico forense é ainda o responsável por decidir que tipo de análise será feita e quais substâncias/materiais serão necessários para chegar às provas. Entre os principais campos de atuação, destaca-se o trabalho como perito para as polícias civis de todos os estados brasileiros e para a Polícia Federal. As principais análises realizadas pela química forense são: análise de resíduos de armas de fogo, análise de manchas de sangue, identificação de adulterações em veículos e vários outros exames.

Apesar de as investigações criminais serem o aspecto mais conhecido da química forense, ela não se limita a ocorrências policiais. Esse especialista também pode dar seu parecer em:

-Decisões de natureza judicial;

-Atuar em questões trabalhistas, como determinar se uma atividade é perigosa ou insalubre;

-Detecção de adulterações em combustíveis e bebidas;

- Uso de drogas ilícitas;

-Fazer perícias em alimentos e medicamentos;

-Investigar o doping esportivo, etc.

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