Clicky

Selecione a cidade
4020-9734

Notícias › Educação


Conheça a diversidade musical de 6 países

Musicalidade produzida nos 5 continentes exala cultura e identidade
Por: Bruna Sarga 29/09/2017 - 14:54 - Atualizado em: 29/09/2017 - 15:17
Música embala gerações, em todo o planeta, há anos
Música embala gerações, em todo o planeta, há anos
Definida por musicistas do século XIX como a “arte de expressar os sentimentos por meio de sons”, a música provoca inúmeras emoções e é capaz de alegrar, entristecer, confortar, aborrecer, deprimir ou entusiasmar. Ela é  tão importante na organização da vida humana, que desde a Antiguidade, os sons já eram estabelecidos num sistema teórico: com escalas, função estética, dotada de elementos fixos, formas e regras. 
 
Porém, muito antes das primeiras orquestras surgirem, populações do mundo todo já faziam música. Mas dificilmente vemos a produção musical de povos indígenas, africanos, orientais. Sendo assim, neste domingo, Dia Internacional da Música, vamos te convidar a mergulhar na diversidade musical de 6 países. Confira:
 

A música do continente africano

Vários países da África tem a música como principal meio de expressão. Por ser  indispensável nas atividades da vida social como casamentos, funerais, partos, ritos religiosos e tantos outros eventos da comunidade, o  etnomusicólogo Kazadi Wa Mukuna definiu essa conjuntura como música-evento, por ser de natureza totalmente coletiva. Ou seja, a música, imersa na cultura, é tida como um  sistema simbólico mais amplo propiciadora de diferentes formas de sociabilidade. 
 
Alguns grupos utilizam apenas a voz como expressão musical acompanhada por palmas, respostas vocais - chamadas de desafio -, e danças. Contudo, a maioria dos povos africanos utiliza uma variedade de instrumentos e há comunidades que consideram alguns instrumentos musicais um meio de conexão com o  mundo dos espíritos capaz de projetar seu som para estabelecer contato com seus antepassados. 
 

Etiópia 

Tèssèma Eshètè: poeta e canto do ethio-jazz etíope, foi o primeiro músico africano a ter suas músicas gravadas, em 1908. Com sua voz profunda, suas músicas geram uma silenciosa melancolia. As melodias são monofônicas, isto é, registrada por apenas um canal, um microfone, e acompanhado por um único instrumento. Vale a pena conferir!
 

Gabão

Orchestre International Akweza de Libreville: uma banda formada por policiais do Gabão, lançou o álbum Emeno N'sindina em 1979. Essa banda, diferente do que você pode imaginar, não se trata de algo padronizado fixo na questão institucional mesmo se tratando de uma orquestra oficial. A música é bem animada, dançante e tem como ponto alto uma fusão criativa de instrumentos de corda, sopro e percussão.  
 
Pamela Badjogo: cantora gabonesa que possui uma voz grave, além de cantar na língua nativa (Bakaningi), ela canta em inglês e francês. Lançou seu primeiro álbum solo, Mes couleurs, em 2016, e se inspira nas tradições do Gabão e nos ritmos do Mali, como afro-jazz e Soul blues. 
 

Oceania e Ilhas do Pacífico 

Na Oceania a população é fortemente ligada ao mar e a música é muito relacionada à vida espiritual com temáticas que solicitam auxílio dos deuses na navegação. Um instrumento bem popular é o de sopro didjeridu (ou didgeridoo) que concebe o som pela vibração dos lábio.  
 
O didjeridu é construído com a utilização de troncos duros, especialmente de eucaliptos. O bocal normalmente é feito com cera de abelha, fita adesiva ou material de borracha. A canções fazem parte das tradições orais das pessoas e desempenhou um papel importante no modo de vida aborígene. Porém há um movimento influenciado pelo pop  bem interessante na atualidade que é a produção de música psicodélica. 
 

Nova Zelândia

Connan Mockasin: é um músico pop psicodélico que utiliza bastante a distorção da guitarra, gerando um grunhido comum a esse gênero musical. Suas músicas também manipulam outros instrumentos elétricos como baixo, piano elétrico. 
 
Unknown Mortal Orchestra: o trabalho dessa banda tem como influências R&B, soul e por outras bandas psicodélicas. 
 

Música Europeia 

Como já dissemos no início do texto, as civilizações da Antiguidade, já organizavam o som de modo consciente. Isto é, já produziam música com técnica estrutural. Nas apresentações das orquestras e coros, havia uma preocupação com o equilíbrio sonoro inclusive com o uso de complicadas e numerosas fórmulas melódicas. No entanto países como a Islândia e a Rússia possuem produções musicais mais ligadas às origens pagãs ou aos sons guturais.
 

Islândia

Omnia: é uma banda do gênero 'neoceltic pagan folk' e tem raízes na música dos Países Baixos localizado na europa ocidental. Além de usar instrumentos comuns como violão e bateria, eles tocam harpa celta, harpa de boca, flauta.
 

Rússia: do erudito ao throat singing

O maior país do mundo em extensão territorial, também possui uma das mais importantes contribuições no âmbito musical, principalmente quando nos referimos a música erudita. Ela mantém uma fortíssima tradição sinfônica, tendo orquestras, regentes e maestros conhecidos mundialmente como Sergei Rachmaninoff, Ígor Stravinski e Dmitriy Borisovich. Mas você já ouviu falar no throat singing? 
 
Huun-Huur-Tu: são um grupo de música de Tuva, uma república da Rússia que finca na fronteira Mongólia-Rússia. Além dos instrumentos musicais que a banda utiliza como a guitarra, o igil , khomus (harpa Tuvan), dünggür (tambor shaman), seu principal elemento são as notas que eles produzem com a garganta, o chamado throat singing. Em suas apresentações, o cantor reproduz os sons de animais, elementos da natureza, como vento e água, e até instrumentos musicais como a flauta, tudo isso, apenas um produto de sua própria voz. 
 

Continente americano 

Entre os nossos índios, por exemplo, a gente encontra muitas gaitas. Algumas que ressoa um único tom, compostas de um só tubo com orifícios, outras mais elaboradas que atingem um maior número de sons.
 
As artes manufaturadas produzidas por esses grupos eram confeccionados com o que a natureza lhes proporcionaram como troncos de árvores, gomos de bambus, cabaças esvaziadas preenchidas com pedrinhas, sementes etc. Eram principalmente instrumentos de percussão como tambores, maracás... E nunca deixou de ter função religiosa, mágica e social.
 

Bolívia

Luzmila Carpio: uma cantora boliviana, que não segue as tendências predominantes da modernização  e se aprofundou nas formas culturais e musicais de povos indígenas Quechua e  Aymara. Além de cantar em e cantar em quechua língua ancestral comum de quem vive nos Andes, terras altas da América do Sul, Luzmila traz em seu trabalho diversas influências sonoras dos povos andinos originários.
 
 

Comentários