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Arte circense: tradição milenar que encanta gerações

Nesta quarta-feira (27), é comemorado o Dia do Circo, que homenageia o palhaço brasileiro Piolin
Por: 27/03/2019 - 11:10 - Atualizado em: 27/03/2019 - 11:11
Foto: Divulgação
Mantendo a tradição do circo popular de rua, Wally Garrett fundou, em 2011, a Cia Garrett Circus

Há mais de 4 mil anos, a arte circense se mantém e reinventa através do tempo. Seja nos grandes ou pequenos picadeiros, na ruas ou em eventos, os artistas de circo levam a magia e a capacidade de mostrar essa arte milenar a diversas partes do mundo. Nesta quarta-feira (27), é comemorado o Dia do Circo. A data faz referência e homenageia o palhaço brasileiro Abelardo Pinto, mais conhecido como Piolin.

Mantendo a tradição do circo popular de rua, Wally Garrett fundou, em 2011, a  Cia Garrett Circus. “A companhia dedica-se à pesquisa do circo popular de rua, com ênfase na mágica cômica, manipulação e equilíbrio de objetos e destaca-se também na arte da pirofagia. Sendo considerada uma das mais importantes no Norte-nordeste”, explica Wally. Ele representa a primeira geração circense da família Garrett. Ao lado da esposa, Camila Garrett, que é arte-educadora e malabarista, fomentam a cultura circense promovendo espetáculos, cursos e oficinas para artistas ou entusiastas desta arte. “Trabalhamos com festivais, mostras e vendemos serviços artísticos ao mercado de eventos da cidade”, comenta o artista.

Toda dedicação à arte circense, que iniciou muito antes da construção da companhia, foi transformada em luta efetiva nas políticas públicas direcionadas às práticas culturais. “Hoje sou membro titular da comissão setorial de circo, que compõe o Conselho estadual de políticas culturais”, afirma Wally.

Na contramão dos planos traçados pelos pais e persistindo no sonho de viver da arte, Ricardo Amaral, que é natural do interior de Pernambuco, arrisca-se no malabares nos semáforos do estado. “Desde muito novo, eu sou apaixonado por malabares. Ficava pensando como o pessoal conseguia fazer aquilo e comecei a tentar. Meus pais queriam que eu fosse engenheiro ou algo do tipo, mas minha vida é o malabares”, diz.

Em 2012, ele decidiu mostrar a arte nos sinais e, com o dinheiro dado por motoristas e transeuntes, viajar para Europa e aperfeiçoar a técnica. “As pessoas acham que para fazer o que faço não é necessário estudar, ter formação. Malabaristas têm vários, mas eu quero fazer diferente, melhor. Como não tenho muitos recursos, trabalho das 9h até às 22h nos sinais para juntar dinheiro e estudar na Europa. Já tenho alguns contatos lá, pessoas que também vivem do circo”.

Amaral conta que pensa muito no futuro dos filhos, que têm, respectivamente, 5 e 7 anos. “Eu quero muito que eles tenham orgulho do pai artista. Por isso, busco sempre o melhor e estudar. Não moro com a mãe deles, estamos separados há dois anos. Ela também é malabarista, mas precisou dar uma pausa depois que as crianças nasceram”, conta. Ricardo tem uma opinião formada quando reflete sobre a opção dos filhos por seguir os mesmos passos que ele.  “Meus filhos serão o que quiserem ser. Não vou criar expectativas, nem forçar nada. A arte deve ser algo natural. Ensino muito sobre liberdade a eles e é isso que eu quero. Quero seres livres e felizes com as escolhas, assim como sou ao escolher o circo e a arte para a minha vida”.

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