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Após a Covid-19, o mundo será outro

Janguiê Diniz - Fundador e Presidente do conselho de administração do grupo Ser Educacional
Assessoria de Comunicação Por: 08/04/2020 - 11:20 - Atualizado em: 15/04/2020 - 09:00
Estamos passando pela maior crise que a humanidade viveu nos últimos 100 anos. Uma crise tão devastadora quanto uma Guerra Mundial, somente idealizada e preconizada em filmes de suspense e de terror. Uma guerra na qual o inimigo não é um país, mas um inimigo invisível, um vírus, que a comunidade científica chama de coronavírus. Este inimigo oculto já está impactando negativamente bilhões de pessoas em todo o planeta, infectando a população de todas as nações do mundo, causando um dos maiores problemas de saúde pública da humanidade e, por via de consequência, incrementando a maior recessão de todos os blocos econômicos dos últimos 100 anos. A crise da Covid-19 é capaz de levar à bancarrota centenas de milhares de empresas e dezenas de nações, caso não seja eficazmente combatida através de medidas preventivas, vacinas, medicamentos, ações e políticas públicas eficazes.
 
É importante registrar que a Covid-19, como é cientificamente chamada a doença provocada pelo coronavírus, embora não possua uma taxa de letalidade comparada à de inimigos similares de outrora, como a gripe espanhola, é detentora de uma substanciosa capacidade de multiplicação e de uma imensa velocidade de contaminação, extremamente superior à de inimigos pretéritos conhecidos pela humanidade. Ela está atingindo, principalmente, a população mais idosa, aquela superior a 60 anos e considerada grupo de risco, além dos possuidores de comorbidades graves como diabetes, hipertensão, doença cardiovascular, câncer, doenças respiratórias, dentre outras. A Covid-19 tem feito com que as nações mais poderosas do mundo, como os Estados Unidos, a França, a Inglaterra, a Alemanha, o Japão, etc., se curvem à sua nocividade e implementem  uma paralização, quase que integral, de suas atividades, salvo atividades essenciais,  o chamado lockdown ou shutdown horizontal, causando uma assustadora crise econômica das mais nefastas para toda  a humanidade.
 
Entretanto, o isolamento horizontal, remédio que está sendo utilizado para combater o vírus, embora extremamente necessário, não conseguirá derrotar o inimigo invisível, mas apenas postergar a contaminação e ganhar tempo para que a ciência consiga achar  um medicamento eficaz de cura e também  uma vacina para evitar a  contaminação maciça da população. No entanto,  se este remédio for utilizado por muito tempo, o efeito colateral dele poderá  causar muito mais mortes que o próprio vírus, só que “mortes invisíveis”, causadas  por  outro vírus, o vírus da miséria e  da fome,  pois implementará o caos econômico acarretando danos irreversíveis ao país e a sua população, já que levará a falência incontáveis empresas, milhões de profissionais liberais e trabalhadores informais,  e será extremamente “devastador,” talvez muito pior que a própria patologia.
 
Nesse sentido, afirmamos que o coronavírus veio ao mundo para conviver com a humanidade, mostrando aos seres humanos a sua insignificância nesta infinita Via Láctea.  Ele veio para mostrar que somos seres únicos, mas que fomos feitos para viver coletivamente, já que o mundo não é uma ilha.  Ele veio para mostrar que os seres humanos são gente e para serem gente, dependem de gente.  Para mostrar que somos o que somos porque somos todos nós, já que qualquer pessoa precisa de outras para ser ela mesma. Que um simples ser humano, infectado pelo vírus, produz um “efeito borboleta” capaz de afetar todos os quase oito bilhões de seres humanos em todos os países do mundo. Para lembrar aos seres humanos que, na oração que Jesus nos ensinou, ele diz que o Pai é nosso, e não meu; que o pão é nosso, e não meu; quando pede livramento, ele diz “livrai-nos”, e não “livrai-me”. E diz que “venha a nós o teu reino”, e não “a mim”. Veio para mostrar que o planeta Terra não será o mesmo após esta pandemia, em todos os setores, e que “nós” é realmente uma mensagem que precisa estar, não só na boca do ser humano, mas dentro de todos os nossos corações.

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